segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Rescaldo Xeque à Torre 16OUT10

Xeque à Torre
184 Kms
7h47m
23.7 media
3350m acumulado
Canhestro - Seia - Sabugueiro - Torre - Covilhã - Unhais da Serra - Vide - Avô - Coja - Canhestro

Numa linda sexta-feira no dia 15OUT10, Sete Anões: Atchim – (Remi), Dunga (Pão Mole), Dengoso (Rik Rok), Feliz (Peregrino), Mestre (JMB), Soneca (Guedes), Zangado (Noddy), mais a Bela Adormecida (Lena) e a Super-Mulher (Filomena), juntaram-se numa pequena Aldeia chamada Canhestro.
Andavam todos zangados uns com os outros, porque o Mestre os obrigou a trabalhar no duro na Serra mais alta de Portugal.
A Bela Adormecida disse logo que não podia, porque tinha pintado as unhas dos pés de vermelho e não queria borrar a pintura.
O Zangado, disse logo que era uma grande oportunidade de vingança e o Soneca ia para aproveitar para dormir no Sabugueiro.
O Atchim apesar de estar constipado levantou o dedo.
O Feliz está sempre presente e teve medo de levar porrada da mulher.
O mafioso Dengoso sempre com as suas negociações lá foi.
O Dunga como não percebeu bem a coisa e arriscou.
A Super-Mulher está sempre pronta para a aventura.
Todos, lá pegaram todos nas pás no dia 16OUT10 e foram a assobiar a cantiga do bandido pela floresta encantada. Calma, todos não. A Bela Adormecida ficou na torre do castelo à espera que o Shrek a viesse beijar e a transforma-se num sapo.
Depois de um belo pequeno-almoço à inglesa, como a típica banana e a Farinha Pensal, todos pegar no seu objecto de trabalho e partiram para a Serra da Estrela.
A manhã estava fresca e o sol a nascer. Todos partimos juntinhos e durante muitos quilómetros foi assim. Todos cantavam e brincavam. Até que o Soneca achou que uma subida com 0,000000069% de desnível era demasiado para ele e deixou-se ficar.
O Atchim com gosta muito dele furou de propósito para que o Soneca pode-se apanhar o grupo. Mas o baril tinha tomado um RedVaca e passou pelo grupo a 299 VC (velocidade caracol). Só o apanhamos na subida de Seia.
Foi em Seia que os anões se chatearam e formaram vários grupos. Julia Pinheiro ainda os chamou ao confessionário para tentar saber o porque da zanga, mas todos estavam concentrados em chegar à Torre em primeiro lugar.
Zangado, Atchim e Mestre tomaram a dianteira, logo de seguida pelos restantes Anões. Soneca ia aproveitando para por o Sono em dia em cima da bicicleta. As subidas era longas e muito acentuadas, mas a farinha branca de neve narinada ao pequeno almoço estava a dar resultados. A placa do sabugueiro apareceu e fez-se a festa da cadeira.
Existia uma cadeira a menos para a quantidade de pessoas. A musica tocou e quando acabou, todos à porrada para conseguir um lugar. Afinal foi o cão que ficou sem cadeira, porque um dos participantes ficou ao colo de outro. Estranho.
Assim que seis dos anões chegaram, mais a super mulher, cagaram no Soneca e partiram. Soneca tinha dito que iria dormir duas horas no Sabugueiro e depois iria tentar a sua sorte numa casa de luz vermelha em Espariz.
Do Sabugueiro até à Torre era cada uma por si. Todos meteram todo o material que tinham. Um do Anões testou talvez o método mais surpreendente de todos visto em ciclismo. A técnica da Malagueta no traseiro. E olhem que resultou durante um bom bocado, mas a malagueta acabou e o rapaz anão também baixou o ritmo.
Zangado e Mestre deixaram Atchim para trás e lá foram os dois a puxaram até quase, quase á meta. Zangado de tanto ter sofrido nos últimos tempos com o Mestre, queria inverter as situações. Queria ser ele o Mestre na Torre e passar o nome de Zangado para o Mestre. Zangado, caladinho, a um quilometro da torre acelerou o ritmo em um quilometro e o Mestre pensou “este já me F#%%$%”. Mas como era o Mestre que tinha a chave do carro, Zangado esperou 15 segundos por mim na rotunda que dá acesso à torre, porque senão já sabia que tinha que vir a pé até à quinta do Conde.
A subida final foi feita a em parceira, mas o Zangado queria mesmo a taça e ganhou por cinco segundo. O Zangado passou rapidamente a hiper feliz sem qualquer sofrimento estampado na cara. De seguida apareceu o Atchim a cinco minutos, depois o Dengoso a dez minutos, Super Mulher e Feliz a quinze minutos e por fim o Dunda a deitar fumo da junta da cabeça a trinta minutos.
Dunda até tinha mesmo pensar em fazer o memo que o Soneca. Ficar a relaxar na Torre e voltar para a casa cogumelo no Canhestro, mas os outros anões lá dos seus dois metros e dezoito disseram logo “nem pensar, precisamos de alguém que empeno a serio. Assim fica fácil para nós”. Dunga não deve ter ouvido bem e deverá ter percebido “ força amigo, estamos aqui para te apoiar”.
A descida da Torre à Covilhã foi o pior empeno deste dia. Estava um frio do caraças e nem a mantinha com a renda nas bordas, serviu para cortar o frio nas bolas. A descida tinha a percentagem de 10% de inclinação e o pescoço ficou com o grande empeno.
Mestre é um paralítico a descer. Quando chegou à Covilhã já os outros Anões tinham crescido quatro centímetros cada um.
Estava previsto almoçar umas farófias em Unhais da Serra. A distância era curta, mas sentíamos que era a subir. Mas com mais um pouco de farinha pensal e da outra, chegamos sem qualquer problema.
Todos os anões se questionavam se estavam em Portugal. A beleza de Unhais da Serra é parecida a uma Suiça ou a uma Brandoa. Parecem quadro pintados por pessoas conhecidas como Miguel Antonio, ou o ainda mais conhecido o mestre da pintura francesa Pica-Miolos.
Nada melhor que Proteína para o almoço. Dunga teve a sorte de ter uma mosca na sopa e fez toda a diferença. Ficou louco e fez o resto em versão Super VC (Super Velocidade Caracol).
O sol estava forte e soube bem ver umas velhas anõas no Restaurante. Tantos quilómetros sem ser ninguém e aguma aquelas beldades mesmo à nossa frente.
Atchim sentia que deveria atacar ali. Bela Adormecida tinha ficado à espera do Shrek e tentou a sua sorte com uma bela anõa de cabelo louco e com botas à cavaleira. Mas esta estava mais interessado no Feliz, que por sua vez viu a Super-Mulher a mandar-lhe uma chávena de café à cabeça com colher incluída. Ficou com a mesma espetada no meio dos olhos. A partir desse momento ficou com mais um nome no Bilhete identidade (Feliz Unicórnio, 35 anos, 23 centímetros de altura, sexo indefinido).
Todos estávamos à espera com alguma ansiedade da parte Unhais da Serra até à Serra do Açor. Era uma longa subida. O treinador do Mestre disse logo “a tua missão é levar os que estiverem com o coração na boca até ao topo da subida”.
Apesar de vários ataques de anões importantes, com do Atchim, Dengoso e feliz, não tiveram muita possibilidade de sucesso. O pelotão controlou-os à distância com o seu comando da TV e pouco depois o grupo estava de novo reunido.
Chegaram ao fim da longa subida quase em pelotão compacto. Quase porque a Super-Mulher, passou de Super a Mulher com Trauma de Joelhos e acabou por ficar para trás. Na descida de 17 quilómetros, que era simplesmente espectacular, de novo Zangado, Atchim e Mestre, fizeram fila indiana e dançaram a dança da chuva, porque o calor era muito.
Rapidamente apareceu uma cadeirinha ao sol em Vide. Era o penúltimo ponto de paragem. Mais umas snifadelas no pó talco e siga. Todos pensavam que a parque final, que era plana, iria ser calma, mas a verdade é que existiu um complô.
Os anões escravizados pelo Mestre à anos, tentaram a revolta. Queriam o Poder, queria o Trono. Todos atacaram e bem o Mestre (excepção para o Dunda e para a Super-Mulher) esses era do partido do Mestre.
Todos atacavam à vez o Mestre à seria. Primeiro o Feliz, depois o Dengoso, depois o Atchim, depois o Zangado, depois o Atchim, depois Dengoso, depois o Feliz, depois o Zangado, depois o Atchim, depois o Zangado. O Mestre já estava tonto. Teve que dar um risco em pleno andamento e acabou por ficar com a cara toda com farinha branca. Acabou por colocar um nariz vermelho e foi fazer uma matine a um colégio em Avô.
Com tantos ataques alguns dos Touros viraram Cordeiros ao fim de algum tempo. Feliz depois de dois ataques, veio com a desculpa que tinha que ir ter com a Super-Mulher. Dengoso atacou tanto que se atacou a ele próprio. Fazia ataques de vinte centímetros e depois acabava a gasolina. Também veio com a desculpa que correu mal em tirar a caixinha de comprimido da camisola de renda que a mãezinha lhe tinha feito para esta aventura espacial.
Só ficaram com gasolina o Zangado, o Atchim e o Mestre, mas com CAb&#$&%&R$ do Zangado e do Atchim continuaram a atacar o Mestre. Queriam mesmo o poleiro. Em cerca de quinze quilómetros atacaram doze vezes à vez. Mas o Mestre aguentou sempre firme a todos os ataques e ainda disse “vejam lá se também não ataco e vocês ficam pregados ao chão”.
Mas como a missão do mestre era de manipular a oposição, ofereceu aos dois, cargos de administradores em cinco empresas diferentes e ficou também a promessa de uma reforma de 50.000 euros mensais para cada um.
Os anões traidores lá se convenceram e vieram calmos até Coja.
Em Coja, paramos mesmo em frente a um Bar do Fumo. Enquanto esperamos uns pelos outros, fumamos umas cenas e atiramos umas pedras às motas que passavam. Faltavam oito quilómetros, mas como em qualquer grande clássica, tinham que passar pela parte do Pavê.
Com umas subidas acentuadas em Pavê as pequenas pernas de alguns anões gritavam. “socorro, tenho os joelho a tocarem-me nos tornozelos”. Mestre pensou “que cambada de anões que tiraram a quarta classe à noite. Não percebem que são anões? Os joelhos estão mesmo junto aos tornozelos”.
Ao fim de quase oito horas úteis em trabalhos forçados, chegaram a casa cogumelo no Canhestro. Bela Adormecida foi apanhada no carro com o Soneca. Felizmente para Atchim que este estava a dormir. Depois de um banho, para alguns quente e para outros frio (tiveram que tiram à sorte, só existia lenha para quatro banhos), foram directamente para o jantar final de curso. No fim todos mandaram os chapéus Pretos para o ar e gritaram até para o Ano.
Obrigado a todos os Anões presentes, à Bela Adormecida e a Super-Mulher
Qualquer semelhança entre a realidade e este texto é a pura da verdade, ou não.
Aguenta a Pressão …..
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